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8 Comments
>No entanto, as profissionais brasileiras denunciam que a prova exigida tem contornos discriminatórios e regras que parecem ser “arbitrárias”.
Ter de saber a língua do país para onde vão é discriminatório?
Temos milhares de emigrantes pelo mundo fora, nunca li uma única notícia onde a comunidade de emigrantes tuga tentasse impor a sua língua, se calhar nós é que estamos errados…
😮
> a autoridade respondeu, por e-mail, que “solicita a todos os requerentes que obtiveram as suas qualificações fora de Portugal, a realização de uma prova de verificação do domínio do português europeu, falado e escrito, (independentemente da naturalidade ou nacionalidade) e de conhecimentos, competências e aptidões no contexto dos diferentes campos de atuação do Terapeuta da Fala (paradigmas e métodos diferentes de país para país)”.
Portanto exigem português europeu a todos os candidatos que não se tenham formado em Portugal, independentemente da nacionalidade.
Faz todo o sentido. Percebemo nos no geral e no sentido da frase.
Haveria de ser giro um paciente chegar dizer que está constipado e a médica receitar um laxante. Se elas não percebem a importância e o perigo que é a barreira linguística então estão mais focadas no bolso delas que no bem estar dos pacientes que vêm cuidar.
Mas não seria mais simples a ACSS pedir o certificado C2 de português (DUPLE) do que criar um exame de português próprio?
Detesto notícias deste género. Esta é uma área científica, com as suas particularidades, obviamente, mas ainda assim científica. E o DN não dedica uma única linha a um especialista da área que me possa esclarecer se a utilização da variante do português do Brasil é, ou não, relevante para estes profissionais.
Talvez seja? Não sei, os sons que os brasileiros usam são diferentes dos nossos? Nesse caso, faria sentido este tipo de teste. Ou talvez não. Talvez não tenha assim tanta relevância e o exame seja absurdo para cidadãos brasileiros.
Mas, honestamente, não faço ideia. E, desta forma, transformamos um assunto que, na minha opinião, é primariamente científico, num tema político. Bravo. Mais uma luta inútil e divisiva.
Este tipo de exigências é normal noutros países.
Ainda há poucos anos no [Quebec chumbaram a admissão profissional de um emigrante francês por não dominar o francês do Quebec](https://www.reddit.com/r/nottheonion/s/8PHzSfOGqS)
Nos comentários da thread há um fulano a falar num emigrante australiano com o mesmo tipo de problemas nos EUA.
Há umas décadas, o Júlio Isidro teve o mesmo problema em que lhe disseram que para trabalhar na televisão brasileira teria de mudar de sotaque.
Isto é prática comum.
Falou