12 Comments

  1. *Com 95% das receitas da unidade de injeção de peças em plástico geradas junto da indústria automóvel — um peso que supera os 80% no caso da construção de moldes —*

    Não faço ideia da dificuldade que isso acarreta, mas se calhar teria feito sentido diversificar as indústrias para onde se exporta.

  2. Article_Sad on

    Os chineses já compram menos carros europeus, logo a indústria tem que se adaptar à procura.

  3. dmonmachinist on

    A crise no sector metalúrgico que venho dizer que ia acontecer está efetivamente a aparecer até onde não se esperava, neste momento uma empresa como a Simoldes estar nesta situação de possíveis despedimentos, muitas outras empresas do sector vão cair por aí baixo.
    Durante muitos anos o sector metalúrgico diversificava os mercados, mas com entrada na China na indústria metalúrgica com preços estupidamente baratos retirou uma cota de mercados a Portugal, então fomos cada vez mais no virando para o sector automóvel que conseguimos competir no factor qualidade. Desde 2019 com as quebras de projectos no sector automóvel se sentem dificuldades, e este ano foi terrível para indústria. PPR a pagar, corte de financiamento por parte da banca, aumento custo materias primas vem trazer uma crise no sector igual ou pior à de 2008.

  4. fusivelLogico on

    Já há crise nos moldes desde 2008 pelo menos. É sempre a mesma coisa. Mas a ganância fala mais alto e o que não falta são empresas só com um cliente. As empresas de moldes são, na sua maioria, geridas por pessoas que sabem zero de gestão. Não fosse o PT2020 e PRR e estavam falidos há mais tempo.

  5. S0l1tud3_1s_Bl1ss on

    A indústria de moldes portuguesa tem os dias contados. A China consegue fornecer moldes com similar qualidade(pelo menos dos componentes com que lido) a preços mais baixos e com maior rapidez. Daqui a uns anos podem aumentar os preços, mas nessa altura já o tecido industrial de moldes em Portugal estará altamente reduzido.
    É muito preocupante como a China está a ser capaz de desindustrializar a Europa. Só precisam de aguentar alguns anos até todo o know-how estar perdido e ficarmos ainda mais dependentes deles.

  6. irokkumata on

    Trabalho no setor, e o que observo é que colhemos o que semeamos.

    Tenho muitos clientes, especialmente franceses fora do setor automóvel, que optam por fabricar os moldes na China, com poupanças de 10%. No final, com derrapagens e correções a fazer cá, para pôr os moldes a funcionar corretamente lá se vai os 10%, mas na hora de decidir é sempre China.

    Durante a crise dos transportes, ficaram desamparados e diziam que nunca mais China. Este ano já estão novamente com 100% da produção lá.

  7. Reavstone92 on

    E mesmo assim continuamos a assobiar para o lado como se nada se passasse. 2025 vai ser um ano muito dificil para a Europa

  8. Chalupa_89 on

    Trabalhei nos moldes como desenhador. Era o unico no gabinete com licenciatura em engenharia. No entanto sempre que alertei para erros de engenharia que eram cometidos era ignorado. Quando chegavam queixas de clientes que validavam os meus alertas, as queixas eram resolvidas com trafulhice em vez de se melhorarem os processos. “Nós sempre fizemos assim.” Quando quem manda num gabinete de desenho não percebe piço de *toleranciamento* dimensional…

    Chegaram a achar que estava a gozar com eles quando lhes perguntei se tinham calibres passa-não-passa.

  9. justanotherop365 on

    Isto são notícias terríveis . A metalomecânica é um dos principais motores da nossa economia

    2025 vai ser um ano difícil para a Europa

  10. TriloBlitz on

    O estado até poderia intervir e resgatar o setor (mais ou menos como faz a China), mas depois onde é que se ia buscar o dinheiro para emprestar ao Berardo e para meter na TAP?

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