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Tecido económico pelintra recheado de patrões que por vezes nem o nono ano concluíram e que nunca mais saem de cena. Qualquer um abre uma “empresa”… depois não esperem empregos qualificados.
A culpa disto é tmb das universidades que tem mais vagas para a realidade para conseguirem mais fundos do estado. se fizessemos estatistica de empregabilidade dos cursos, iriamos ver certos cursos com empregabilidade abaixo de 10-20%
Antigamente ter um curso superior era difícil e para poucos claro que quem terminasse ia ter emprego bem pago, hoje em dia formamos tanta gente que os patrões escolhem os melhores ou quem aceita receber menos porque se não aceitarem outro aceita.
O salário que recebem tem a ver com o valor de mercado e não com os estudos que cada um possui, daqui a uns anos vamos ver empregos de construção a pagar rios de dinheiro e não termos malta suficiente porque os mais velhos vão ser reformar e os jovens não querem aprender estas artes que são muito difíceis de serem substituídas por IA.
Há certamente um problema na indústria portuguesa por ter pouca variedade de oportunidades, mas por outro lado: quantos desses empregados se deram ao trabalho de verificar a empregabilidade da área que estudaram?
Deveria haver uma mudança radical no sistema de ensino em Portugal e apostar nas formações profissionais.
A universidade deveria ser apenas para uma minoria dos estudantes, e se alguém depois de uma formação professional queira estudar, seria mais fácil entrar num curso relacionado com a sua formação professional depois de terem alguns anos de experiência na sua área.
Assim teríamos trabalhadores altamente qualificados, em vez de gente que tira um diploma qualquer porque tem de ser.
O sistema neste momento é o típico de todos terem um canudo e depois ninguém encontra trabalho.
Tenho os meus 30 e tal anos e fui visitar uma prima minha que anda a estudar numa universidade. Convidou-me a ir ver uma aula, visto que está a estudar algo relacionado com design e uma das aulas era sobre como criar papel e algo do género.
Entrei, sentei me e escutei o professor. Bastante informativo e interessante, mas ninguém, e repito, ninguém se interessou pela aula. Uns a ver filmes, outros a jogar, ou a conversar.
Depois perguntei ao pessoal porque estavam a estudar isto, e a maioria não me soube responder, visto que não têm interesse nenhum em design ou relacionado com o que estão a estudar.
Apenas estudam para ter um diploma.
Antigamente tirar um curso superior era bem mais difícil do que è hoje em dia, além de haver casa vez mais gente licenciada em cursos que não interessam nem ao menino Jesus.